quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Impetuosidade em tempestades

  1. A literatura é a expressão interior de um ser "acabando-se à", "complementando-se à", sempre à busca de algo que as mãos pequenas ainda não tocaram. O poder da literatura também se faz quando, num olhar de outrem, conseguimos ver, ao menos o reflexo dos próprios olhos, ou, quiçá, do próprio intelecto, da própria emoção escondida. O que não deixa de ser um exercício de senciência, principalmente, quando a poesia das palavras nos toma ao torpor num só gole.Quero então escrever algo numa só inspirada, com o branco, aberto, das retinas da inspiração; ascendendo.Passo por um quadro intenso de êxtase ou apoteose, quando me deixo renascer no 'infinitivo perfeito'; sou aquilo, sou então o orgulho nascente do vácuo. Júbilo em carne viva. Chego a transbordar... faço prosas abusadas; enfrento batalhões; vigilante, mordaz. Luciferiano.O segredo está em glorificar "a" Vontade. Vontade de vida, vontade de existir, fazer existir.Além da vida, além da morte.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Eterno Retorno do Mesmo

Destarte todos os julgamentos, todos os anseios, todas as esperanças, todos os medos, todos os desejos, todos os prazeres, todas as dores, todas as paciências, todas as virtudes, todos os defeitos, todos os indivíduos, todos os corpos, todos os gemidos, todos os gritos, todas as mudanças (gerando mudanças), todos os risos, todos os prantos, todas as guerras,todas as sinfonias, todas as cores, todos os edifícios, todas as bandeiras, todos os talheres, todas as conquistas, todas as derrotas, todas as fugas, todas as decepções, todas as indagações, todas as certezas, todas as dúvidas, todos os sonos, todas as vidas, todas as mortes... Todos os silêncios... Todos os princípios, todos os meios, todos os fins...

... O Eterno Retorno do Mesmo.