
Acabo de encontrar um autor que sem dúvida não devo esquecer, o húngaro Imre Madách. Soberbo em suas análises, de alegorias existenciais profundas, de uma veia dramática trágica, muito me impressionou e devo lê-lo ainda muitas vezes.
Influências. Escolher modelos é coisa comum quiçá fundamental. Há influências obscuras, aquelas que não vemos, das ideologias reinantes ao nosso redor, nossos medos e desejos velados, objetivos calados. Há influências indiretas, palavras e modos e situações que nos impressionam ao ponto de deixar reticências em nossas visões das coisas. Há influências diretas, aquelas que escolhemos por afeição clara, nutrimos e alardeamos.
Acreditam alguns que são, em profundo, todas destituídas de critérios. Sâo nossas paixões que as definem. Concordo discordando: Nossa razão sem dúvida pinta e contorna todas essas inclinações, alude e venera, nega, ou afirma, ao ponto de negar a origem nula de intenção.
Existe qualquer linha evidente que liga todos os autores que considero, algo que una os velhos e trágicos Hesíodo, Ésquilo, e os dissidentes Stendhal, Voltaire, Camus, Pompéia, em um enleio amalgamado de meus anseios, inclinações, abertas e veladas, aceitar negadas.
Como na carroça imperial do conto búdico, das partes que nada são formando aquilo que é.
E no olhar de uma frase, na manifestação do estilo, rápida empatia, aceitação; e é pronto, já é parte do eu. Influência, fluindo para dentro.