quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Procrastinação, abstinência e o monge dominicano
Estou de saco cheio hoje. A motivação de alguns minutos atrás, acabou. Nem vi. Foi parar no fundo do armário, caiu no vão da mesa com a parede, voou pela janela e bateu no vidro de um carro. Algo assim. Estou de saco cheio feito um Papai Noel de pré-vendas natalinas. Tudo em mente, tudo, as personagens acontecimentos dramas suspense clímax e nada, nada; sumiu. Chato isso. As malditas janelas. As nuvens. O quarto escuro. Silêncio. Meu book de textos ruim e o desgraçado de hábito espera meus momentos criativos para dar das suas. Canalha! Logo agora, velhaco? O problema na placa é tão sério que é mais jogo comprar outro. Passa. Backup e tudo mais em CD - aprendi alguma prudência - enquanto o papel em branco, a caneta, e minha mão esquerda insones ignoram meu desassossego.
Quando foi que desaprendi a escrita cursiva?
Imagino aqui algum monge dominicano, com um livro impresso direto da Germânia, olhando entediado os rolos de textos da Diocese pensando consigo: "mas que saco, Virgem Mãe"
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Um comentário:
isso são males típicos dessa nossa era da informa(tiza)ção; aos poucos, a escrita cursiva vai sendo abolida à medida que desaprendemo-la, como aconteceu com a máquina de escrever; quando em vez sinto saudades de minha olivetti.
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