Deixei Arturo alegre e perdido do mundo enfiado em cachaça –
é inacreditável a quantidade de álcool que ele absorve sem sentir. Metabolismo
alienígena aos sensíveis produtos de nossa cultura: vi uma vez comer um
cachorro vivo, papo para outra ocasião. Hoje pela manhã as notícias da morte do
anão chegaram aos jornais. Horas depois. Em alguns dias o sensacionalismo, as
conspirações baratas; católicos fanáticos pregando o extermínio meio-elfo,
milagreiros protestantes incinerando e sendo incinerados por xamãs africanos,
programas de auditório entrevistando especialistas na geopolítica teuto-anã;
toda a confusão jornalística que todos que não são investigadores no caso
adoram.
Tenho que resolver o caso. Rápido.
Não existiam marcas identificáveis nele. Nada. Algo o
derrubou, sufocou e matou. Foi rápido e sutil. Invisível. Não é um ente errante
destruindo coisas ou endemoniado mentes fracas – é um profissional. Um
espírito com habilidades furtivas, um demônio, um guerreiro desencarnado, algo
forte. Não existem muitos por aí, e eles se reúnem em local específico:
Clube Ba’al. Tudo ficará bem se eu não for morto.
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