Arturo, o meio-elfo.
Quem vê seu rosto bonachão cantando assim a garçonete, aqui,
na birosca mais suja da cidade. Em sua noite de plantão. Não, nem pode imaginar sua curiosa vida.
Sua tez amarelada. Tom meio que bege, pardo. Vê aquela cicatriz? Bem
abaixo do nariz? Sim... Ferimento de guerra. Não sei de qual guerra ou em qual século.
Um estilhaço de bomba. Eu complemento.
Eu não tenho interesse em política. Não quero e não vou entrar no
âmbito do genocídio elfo, suas razões ou consequências. O que eu sei? Aquele cara
ali sentiu na pele. 10 anos atrás quando entrei no departamento, ele já era veterano. “Vim
do norte”, ele vai dizer se perguntar. Depois de um tempo nas ruas um sujeito
aprende a arte de ler os outros. E sobre o Arturo eu posso te dizer: aquele meio-elfo
ali merece uma noite de farra. Brindemos.
2 comentários:
Somos assim mesmo...
Aprendemos a ler a arte dos outros depois de um tempo esquecido nas ruas da vida...
Aplausos meu amigo, aplausos...
Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!
Curiosa pelo seu Elfo. Conta mais! :)
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