Quando se mora sozinho o barulho da tv é uma quebra do
silêncio. Quase um diálogo. A água bate na cara, relaxa os músculos, música na
cabeça. O mundo diminui: ferve o bule, sorverá o café, chuva lá fora, calha
guia, guaraná sujo de caju Preciso comprar uma banheira. Preciso ler os
cadernos. Alguém lá fora precisa mesmo de um guarda-chuva, a vida corre sem
rumo em uma noite de chuva. A chuva, lava o mundo. A toalha seca o cabelo. No
espelho: o reflexo. Um pensamento. É-se o rosto da rua, ou um rosto lavado?
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