Melhor forja de espírito é o fogo infernal
- Dizia-me velho Mordecai, ferreiro de meu pai.
Monsenhor Verdamano.
N'algures distantes, pradarias e florestas dos arcaicos seres,
aprendíamos nós, puro-sangue de herança,
crias de Verdamano, como chamavam-nos,
diletos armamentos e suas façanhas.
- E tu, Arturo (e era eu), vê as danças das ninfas?
- Sim, vejo.
- E vê, agora, o Sátiro, ditirâmbico, animando a maçada?
- E novamente: Sim, vejo.
- Também eles vêem tua máscara rubra, ruborizar, e riem dentre eles.
Logo então, recebi da mão de meu ferreiro, ferreiro de meu pai, Monsenhor Verdamano, um arco de espelho - Toma, meu querido - E enquanto uma ninfa derramava de seu cântaro sobre o aro, vi por ele meu reflexo: Eu, príncipe Arturo, Eu, prínceps, eu e minha máscara rubra, véu rubro, tão vermelho e profundo.
Mergulhando meus olhos, despertei. Era o sonho. Mas não quis despertar.
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