Diz-me o velho carcamano:
- Tempesta
Diz com voz esganiçada
velada,
na cadeira, que balança
balança,
Com olhos cansados, distantes
Ao negro - perigoso - de um
horizonte
Nosso litoral,
escuro
E nossa almeira
voraz
Nossas praias
vazias
Nossos barcos
encourados
Nossos homens
escondidos
Como nós
Rebaixados, nós
Os ventos nos comovem,
Ao meu olhar brando, ofendido
Ao olhar dele, esguio, branindo
A chuva agora cai,
fria
torna em raso, liame
fitas frias nosso mar
Ao nosso desgosto
compasso
Inerte
de um julgar:
- Tempesta...
.
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