
É o mesmo olhar distante. Infinito.
A mesma depressão de sentidos, ao anoitecer rubro e intenso. Todos os dias. Todos os dias. Todos os dias passando pelo mesmo desfiladeiro de mundos. Lá, atrás, pedra e concreto. Lá; adiante; solidão e conforto. E na encruzilhada os mesmos olhos distantes, beirando o infinito. Nada além.
O mesmo Sol distante.
Tão quão todos os dias, e sempre. Os mesmos rostos, não-feitos, mudos. Passam. Passam. Isolados. Seguem no mesmo decair de mundo, falso, encobertos pelo mesmo Sol...
... Distante. Nada além. Jamais.
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