quinta-feira, 1 de julho de 2010

Encouraçado


"Anelo, couraçado, ao destruir de ondas.
Anelo, encouraçado, reluzir, das chamas... (...)"

O mar já não é como outrora, o tarantar continuado dos charcos, apedrejados, clama velho sentido de alerta. Duas, são as mãos do Destino; relembra meu bramir interior, e com uma a destruição procurada, a destra, e com o sinistro a misericórdia.

Agarra-me sinistro!

Moço, jovem, fresco de sonhos, calejado pelos monstros marinhos, pelos monstros, nos homens, envelhecido, constrangido, vertendo em tenebroso tempo, coragem de vida, ou de morte. Vertendo pelos ventos, pelas ondas, nas rochas. Erguida muralha de pedra, resiste ao mar, erguida e por ela, em frente, sem temor ou terror.

" (...) Suprimido de raiva, resistência, bravura.
Entre as pedras do rochedo, de qualquer praia".



Foto: The Gust, Willen Van de Valde.

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