quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Fantasia e fuligens IV


Deixei Arturo alegre e perdido do mundo enfiado em cachaça – é inacreditável a quantidade de álcool que ele absorve sem sentir. Metabolismo alienígena aos sensíveis produtos de nossa cultura: vi uma vez comer um cachorro vivo, papo para outra ocasião. Hoje pela manhã as notícias da morte do anão chegaram aos jornais. Horas depois. Em alguns dias o sensacionalismo, as conspirações baratas; católicos fanáticos pregando o extermínio meio-elfo, milagreiros protestantes incinerando e sendo incinerados por xamãs africanos, programas de auditório entrevistando especialistas na geopolítica teuto-anã; toda a confusão jornalística que todos que não são investigadores no caso adoram.

Tenho que resolver o caso. Rápido.

Não existiam marcas identificáveis nele. Nada. Algo o derrubou, sufocou e matou. Foi rápido e sutil. Invisível. Não é um ente errante destruindo coisas ou endemoniado mentes fracas – é um profissional. Um espírito com habilidades furtivas, um demônio, um guerreiro desencarnado, algo forte. Não existem muitos por aí, e eles se reúnem em local específico:

Clube Ba’al. Tudo ficará bem se eu não for morto.

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