quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fantasia e fuligens III


Arturo, o meio-elfo.

Quem vê seu rosto bonachão cantando assim a garçonete, aqui, na birosca mais suja da cidade. Em sua noite de plantão. Não, nem pode imaginar sua curiosa vida.

Sua tez amarelada. Tom meio que bege, pardo. Vê aquela cicatriz? Bem abaixo do nariz? Sim... Ferimento de guerra. Não sei de qual guerra ou em qual século.

Um estilhaço de bomba. Eu complemento.

Eu não tenho interesse em política. Não quero e não vou entrar no âmbito do genocídio elfo, suas razões ou consequências. O que eu sei? Aquele cara ali sentiu na pele. 10 anos atrás quando entrei no departamento, ele já era veterano. “Vim do norte”, ele vai dizer se perguntar. Depois de um tempo nas ruas um sujeito aprende a arte de ler os outros. E sobre o Arturo eu posso te dizer: aquele meio-elfo ali merece uma noite de farra. Brindemos.

2 comentários:

Unknown disse...

Somos assim mesmo...
Aprendemos a ler a arte dos outros depois de um tempo esquecido nas ruas da vida...
Aplausos meu amigo, aplausos...

Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!

bemditorosa disse...

Curiosa pelo seu Elfo. Conta mais! :)