segunda-feira, 15 de março de 2010

Nietzsche em poucas palavras

Friedrich Nietszche utiliza o aforismo de Pîndaro como suporte essencial de sua filosofia.

Entre os homens de destaque (pois Nietszche é aristocrata e não fala ao povo, tão somente aos filósofos), em Nietszche, existiriam aqueles retraídos devido às correntes da religião, da fé, do comodismo, como Hegel, e também os adormecidos e autodestrutivos aprisionados ao niilismo (negação de tudo, e estagnação), como seu mestre Schopenhauer.

Em Nietszche a realidade não existe para um fim, ele nega a teleologia. O mundo seria o caos, ou seja, a falta de um sentido maior. Dionisíaco. E nele o homem construiria e efetuaria sua vontade, seus anseios, sua ordem. Apolíneo. Conquanto, a realidade existiria em si mesma, para si mesma, fazendo-se e refazendo-se; algo que o ultra-romântico alemão representava pelo símbolo alquímico Ouroboros (uma serpente engolindo a própria cauda)... O Eterno Retorno, ou, O Eterno Retorno do Mesmo, como definiu Heidegger.

Se a realidade seria então selvática, "uma serpente eternamente engolindo a si mesma", restaria então ao homem (e a todas as coisas), de seu absurdo, executar essa força, esse princípio ativo universal e infinito: A Vontade de Potência. "O querer ser", o "fazer-se existir".

O homem exercitaria sua vontade de potência através, em Nietszche, do heroísmo, ou seja, da superação constante de si mesmo, da elevação, do desenvolvimento tanto moral quanto intelectual. A base do homem seria o seu conhecimento real da natureza, seu alicerce, a Gaia Ciência.

Tornar-se quem és, superar a si mesmo ou fazer a si mesmo através de vontade ativa... Daí seu louvor aos grandes guerreiros, aos artistas, pessoas que fizeram e "modificaram seu mundo".

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