segunda-feira, 22 de março de 2010

O Outono e a Primavera

"Se me dá de observá-la, é pelo mais profundo abismo.

Das alturas distantes, pelo frio, meu olhar contigo.

Além do seio do Inverno, meu abrigo, nosso olhar...

Se dá! Como não admirar? Cândida, minh'aurora.



Sinto o mais profundo frio, pelo cerne, pelo abrigo.

Corto os ventos, furiosos ventos, do mais frio, mais gélido.

Canta minha canção? Sussuras? Encontrar-vos-á ardente...

Ardor? Pelo queimar da pele? Pela flor? O intenso êxtase!

Será, meu carinho, que ascendes?!



E no mais profundo, infundo, comigo:

"Se sou Outono, desejo-te, Primavera, para da minha força ter-se alegria. Procuro-te, Primavera, para com tuas suavidades ver sublime, ver sublime meus olhos, obscuros"

Confiante, em meu peito, sigo, ao frio, pelo frio...

... Para estar, além das alturas distantes, do frio, contigo".

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