terça-feira, 3 de agosto de 2010

Folha ao chão

Do meu promontório, minha cadeira, balanço, em frente ao mundo: Jardim.

Quando em vezes imagino a Natureza (Naturante), penso em uma folha, cálida, lenta, precipitando galga ao chão. Bela imagem. A folha verdejar nascida e nova em lenta morte; rumo ao duro solo. Respiro: Cai o rio sobre o mar, desce o mergulhão, pequenas crias de tartarugas desesperadas pelas águas... Quantas viverão? Um peixe morre e o alimenta. Quantos mais quantos rios não descem ao mar, único, imenso, infinito. Por vezes, sim, rasga a Natureza seu manto e em uma simples visão: Vida, morte, perpetuidade, sempre por renascer (Naturada).

É uma dança. Cuidado; palavras não excedem o mundo. Descrevo o entardecer de um Sol bronze, ele já se foi, resta a sombra. Letras, ideia. Jamais retornará meu Sol bronze, sempre encontrei um novo Sol.

E com minha mão na nuca do velho Arouto, meu mastim, sinto o aroma maravilhoso: Hoje o jantar é picadinho

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