segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sobre Deus

No fim, todos chegam ao mesmo precipício; provas? não há. Devo aceitar então ou não aceitar? Aceitando, o assombro da incerteza, não aceitando, o assombro da possibilidade.

Antigamente, apenas alguns alcançavam esse discernimento, hoje, muitos. E é mesmo um abismo.

* Agostinho de Hipona em Confissões estabeleceu a fé ocidental (também de Maomé): Credo quia absurdum, creio, por ser muito mais do que posso compreender, estabelecer, detalhar, é uma ideia na qual mergulho (afundo/ ou desço?).

* Kierkegaard, assim como Rumi, em sua "Sygdommen til Døden", alcançou a posturada adotada posteriormente pelos eruditos Dostoievski e Kafka: O desespero por desejar Deus, essa necessidade de procurá-lo, O justifica.

* Siddharta foi talvez o mais original - Foi mais longe na abstração. A não existência de Deus é a própria "divinidade" do mundo: Não existe um sentido real (quer dizer, maior, direcionador), negar sentidos para a vida é viver em seu sentido real.

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