quarta-feira, 1 de junho de 2011

haicais ébrios


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Olhamo-nos sim,
vi teus olhos negros,
só ver; só vê-los

É minha bela,
sim, minha, apenas -
ah, quando teu?

Intensificados
sussurros e gemidos
sensualmente
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É; faca na mão
e cortando a pele
pescoço sangra

Sátiros dançam
bailam nuas musas, alegram-se
lá: Arcádia.
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Vem vento fraco
vento intermitente
vem vento forte

Sombras no quarto
penumbras em vanguarda
Luzes acabam

Perenemente,
constantemente fluir
e continuar
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Sementes nascem
e aqui folhas crescem
acolá plantas morrem

Como agora
feito como antes
repetindo-se

Sobre a relva
orvalho, cristalina
verde límpido

Nasceram ontem
Hoje movidos estão
Amanhã, morrerão
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Lá vai meu gato
e eu fico parado
leso da eira

Hoje tem frango
será frango assado
amanhã também

Saudações
gestos e comprimentos
sorrisos iguais

Um curto pensar;
pequenos pensamentos
; grandes saberes

Começa, após
ou o término em si
sem depois

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