domingo, 12 de setembro de 2010

Brahms

Tanto é música o chorar contido da garoa, quanto uma gleba de trovadores.

Descem em bicicletas meninos, trotando nas pedras, tocando ligeiro, acompanhados aos risos. Na varanda em frente, serena, põe ao Sol as roupas; a dona de casa. Pássaros voam, batendo asas. Um cão, dois cães se atracam. Passa um carro; impetuoso, bruto. Lançam-se distantes os cães, e as crianças. Com o passar do carro a dona de casa entra, bate a porta, enquanto afastam-se os cães, e retornam as crianças ao jogo... Descendo a ladeira, da rua, de pedras, o mais rapidamente possível.

Lá do interior da casa escuto Brahms. Melancólico. Indelicado, ignorante ao tédio pacato da vizinhança.


Hoje, no fim da tarde, há de chover.

Nenhum comentário: