domingo, 12 de setembro de 2010

Sim, os artistas

Nada tão impressionante, impressionável, malacabo e maldizente, repugnante e cortês do que uma trupe.

E são muitos os cultivadores do abstrato. Cientistas tentando encontrar uma razão nesse enleio de forças voláteis, e filósofos e a tal da verdade, e as mentiras dos teólogos (E seria a Religião mais do que uma arte prepotente?)...

Sempre por brigar as piores guerras pelos motivos mais estúpidos. Gente ébria, bêbada, arrogante, gente de feitio poltrão, sempre e sempre por discordar, destoar. Falta ao artista o orgulho teológico de fazer de sua própria criação algo maior que a vida, falta a acuidade da métrica do geômetra, falta a amplitude do filósofo, em tudo o artista é um tanto canhestro, avesso, parcial.

Ele mostra e é escravizado, pela musa. Encanta sendo encantado. Morre ilusão e vive na morte. Está em tudo e em nada pertence ou é pertencido.

Maior liberdade do que no seio artístico não existe. Gente mais interessante é difícil encontrar, mais personalidade, mais cor, mais textura, e, quiçá, mais vida, ou a vida mais explorada.

De todo tipo de gente, prefiro o tipo artista.

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