sábado, 11 de setembro de 2010

Centro-Oeste

No lado esquerdo da visão periférica, o lasco último de um Sol adormecido, queimando, pintando em tons amarelados o campo árido fino e retirante. Um aquecer tanto acolhedor quanto abrasador, esforça tanto o rigor quanto o anseio de frescor.

Da natureza, em feminil, tipos e modos. Frios olhares de castanha neblina, longos cachos de chuvas torrenciais, a pele morena das noites de Dezembro, a liturgia das sensações preservativas, rios e fontes naturais de sentimento: Sensualismo. Ventos de pensamentos, confusos, avariados, em prol de um refúgio de Sol, sombra de palmeiras. Ver, sentir, amar, chorar.

Assentado a um olhar centro-oeste, na alvorada amiga distinta. Ao longe, naquele breve escuro, um olhar, esguio, incitante.

Nenhum comentário: