domingo, 12 de setembro de 2010

Gota, chá de boldo e Roxanne

Sem chorar de comoção, fervo. Ferve, declina delicada a solução - Chá de boldo de folha amarga. Meu remédio favorito.

Toca Roxanne. Sting. Naquele clima de começo de noite muito estilo rock inglês.

Estou irritado. Detesto esse tempo de chuva tímida, vento frio, "invernidade". Não gosto de Inverno. Podem lembrar-se comovidos do chamego e do chocolate quente. Falam nas vantagens meditabundas do acolhimento. Não gosto do Inverno. Não gosto do frio, não gosto de vantagens meditabundas provenientes do acolhimento, estou sofrendo de Gota e irritado pra caralho.

É uma merda mesmo. "Every breath you take" já foi tão zuada em tudo quanto é filme que eu não aguento mais escutar a música. É como "Killing in the name" para fãs de R.A.M. Banalizou, não dá, só me vem ator de segundo ao pensamento. Fechando a irritação, fiquei sabendo que o Fiuk vai interpretar Raul Seixas em um filme. Tenso.

Queria explodir um Shopping Center. Desses sem cinema. Enfim, estou meio PC Siqueira hoje. Só não crio um canal porque eu não gosto de ser visto. Diz Victor*:


"E ninguém me conhece, e ninguém me conhece porque ninguém me vê, e ninguém me vê porque escolhi ver ao invés de ser visto"




...Ainda Roxanne... etc

Qual é a dessa música,
afinal?

O eu-lírico não tem vergonha?

"Roxanne, you don't have to put on the red light
Roxanne, you don't have to put on the red light
Put on the red light, put on the red light
Put on the red light, put on the red light
Put on the red light, oh"

Ele é algum tipo de humanitarista,
velho excêntrico,
jovem apaixonado, falso pietista?

Mais trabalho menos palavrório, meu velho.
Ou
Menos trabalho mais ócio, meu gajo.

E tu. Roxanne. Vamos ao trabalho, acende a luz vermelha, a noite começa.




* (A natureza, em oposição à graça; Secreções, Excreções e Desatinos, Rubem Fonseca).

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